segunda-feira, 21 de junho de 2010

O Levante de Soweto (1976)



















O “levante de Soweto” foi um movimento liderado por jovens negros e teve início às 7 horas da manhã de 16 de junho de 1976. A revolução começou a partir da imposição do idioma afrikaans (língua dos brancos) sendo exigido nas escolas em pelo menos 50% do conteúdo curricular.

Na verdade, a imposição do idioma foi a gota d’agua. As escolas para negros eram desprivilegiadas, eles precisavam pagar pelo estudo em classes superlotadas e professores desqualificados enquanto os brancos tinham escolas boas e gratuitas.

Com o governo exigindo o idioma afrikaans, não haveria evolução do ensino, pois para isso, os alunos e funcionários deveriam ser fluentes na língua.

Não se sabe ao certo quantos alunos protestaram na manhã do dia 16 e nem quantos marcharam para a morte. Estima-se que entre os estudantes que fizeram a passeata, o resultado foi 15 mortos e 200 feridos.

As diferenças sociais a partir do Apartheid, e as proíbições em Soweto, fizeram da revolução, a primeira de muitas.

O Levante deSoweto não foi um evento único, mas desencadeou revoltas em todo o país contra o regime de apartheid.

Os movimentos começaram com jovens boicotando as aulas e, em pouco tempo, milhares de alunos de sete escolas não frequentavam as aulas.

No primeiro dia do protesto, a polícia logo se posicionou desafiando os milhares de jovens. Não sendo tão intimidados pela polícia, os alunos continuaram com suas canções de liberdade até que um policial atira uma bomba de gás lacriomogênio bem em frente dos estudantes, estes, mantiveram-se intactos, apenas recuados. E então barulhos de tiros, seguido do estudante hector petersen, de apenas 13 anos de idade, sendo derrubado no chão, morto, fez os estudantes perceberem o quão covardes eram os policiais por atirarem a sangue frio.

No segundo dia, as mortes e os feridos aumentaram drasticamente. Qualquer sinal de revolução já poderia garantir uma bala na cabeça.

Após alguns dias, a revolução já não era apenas dos jovens, mas de todos os que acreditavem em uma vida melhor para negros.

Na terceira paralização, três quartos de milhar de trabalhadoresestavam na luta. Confrontos estalaram em Tembisa, kagiso e perto de Witwatersrand.

Na quarta paralização, chamada por cinco dias, falhou em se materializar. Os jovens os ultrapassaram mesmo e os trabalhadores não viam mais o objetivo. Apesar deste retrocesso, os jovens permaneceram determinados.

A última onda foi após 17 de setembro, quando estudante saíram em todo país em reação às notícias da morte na prisão do líder da consiência negra, Steve Biko. Motins se espalharam pelo país e especialmente no Cabo Oriental.

Vinte membros do SSRC foram presos no final de agosto e o último presidente do SSRC, Tromfomo Sono, se exilou. Em 19 de outubro, o gorverno pôs na ilegalidade 17 organizações, a marioria do movimento Conciência Negra. O Levante de 1976/1977, chegou ao fim.

Após isso, várias revoltas surgiram em toda a África e o povo passou a lutar com mais afinco por seus direitos e qualidades de vida.

O bairro de Soweto é hoje famoso por sua história, e inspirador para que a sociedade negra tivesse melhores condições e os negros, por si mesmos, mostraram que eles também tem o seu lugar.

Atualmente essas condições não são perfeitas, mas comparado com a deantes, são visíveis. Com certeza as mudanças não vão parar e a luta só vai cessar quando negros e brancos cruzarem-se pela rua e se cumprimentem alegremente em uma sociedade igualtária.

Soweto em 1976 era uma espécie de cidade dormitório para negros que trabalhavam em Johannesburgo. Fica mais ou menos uma hora de distância. Abrigava mais de 1 milhão de negros, hoje tornou-se um bairro da cidade de Johannesburgo.

Soweto tornou-se um símbolo internacional contra o racismo onde a populaão não desistiu, mas resistiu para o fim do apartheid e conquistou seus direitos de cidadão, da população sul-africana.

















Crianças brincando nas ruas de Soweto

Integrantes:
Brenda Santana    N° 05
Bruno Rafael        N° 06
Fyama Maia         N° 13
Leticia Pelizari      N° 24
Lucas de Freitas   N°25

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